Gravando

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

PROAC e BUROCRACIA VALEM A PENA?


 Sim, você escreve vários roteiros, mas na hora que termina pensa: o que vou fazer com eles?

É uma pergunta difícil de ser respondida, pois no Brasil não há aqueles produtores que agenciam roteiristas ou investem dinheiro próprio em uma produção sabendo que vão ganhar lá na frente.

Hoje ainda dependemos das leis de incentivo. Ou seja,  ou você capta dinheiro ou espera a oportunidade de alguém gostar do seu trabalho, o contratando. E você com seu roteiro pronto, você fica pensando o que fazer com ele... Cadê a pessoa que vai me contratar? Cadê meu produtor para fazer esta burocracia? Para quem vou mostrar? O fato é que há algumas alternativas.

Há sempre a possibilidade de escrever um roteiro de baixo orçamento, reunir alguns amigos e filmá-lo. O problema neste caso e é o que eu sempre escuto nas rodas de amigos é que é desgastante. Fazer um projeto sem dinheiro sempre tem seus contras. Sempre tem pessoas infelizes. Quem aqui não quer ganhar seu próprio dinheiro? Bem, eu quero.

Eu já fiz alguns filmes na guerrilha, à Glauber Rocha, uma ideia da cabeça e uma câmera na mão, o fato é que com o passar do tempo você acaba esperando mais, querendo mais.
Se você for fazer isso há o que determinamos de problemas padrão: o filme não fica na qualidade que você quer, os atores acabam desistindo porque encontraram empregos que dão dinheiro, o áudio fica uma merda!, você não sabe editar e demora um tempo até conseguir alguém que faça de graça ou aprende na raça. Além de que há sempre aqueles que não levam o cinema tão a sério e o tratam como hobby e não profissão. E isso em uma sala de produção pesa muito.

Quantas vezes você tentou juntar um grupo de pessoas para fazer um filme e percebeu que em um determinado momento, você era o único que cumpria as tarefas e prazos.

Aí você pensa, pra que estou lendo sobre estes problemas se quero ser apenas um roteirista. Meu caro, o problema é que você quer concretizar, você quer ver seu filme um dia em uma sala de exibição e cada vez mais vejo como são raros novos artistas terem oportunidades no palco das artes.

E são estas ações que podem lhe transformar de um roteirista amador a um roteirista profissional.
Produza e faça você mesmo. Sim, vai dar trabalho. Sim, tem que fazer orçamento. E sim, você vai odiar a burocracia.

Em São Paulo, há o ProAC que aceita pessoas físicas e está com as inscrições abertas. Ou seja, você mesmo pode pegar o seu roteiro e  transformá-lo em um produto comercial. Leia o Manual de Orientação ou acesse a página:

Entre na página e se informe!
Manual de Orientação



Um comentário:

  1. Poxa, como é complicado ser roteirista. Quer dizer que além de ter o trabalho de fazer um roteiro, ou seja, de escrever 120 páginas, revisa-las, eu tenho que também produzir... Só falta me dizer que terei que dirigir, editar e plantar batata...

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